Feminicídio em alta no Brasil: 73% dos casos por parceiros — por que ninguém age?

Uma mulher é assassinada a cada seis horas no Brasil. Pare e sinta o peso dessa frase.

Maria tinha 28 anos. No início, amor. Depois, controle. Depois, medo. "É por sua segurança", ele dizia. Quando ela quis sair, o medo virou ameaça. Em pouco tempo, virou tragédia. Maria é uma entre tantas.

Em 2023, foram registrados 1.463 feminicídios no país. Desde que a lei do feminicídio entrou em vigor, em 2015, mais de dez mil mulheres foram vítimas desse crime. Em 73% dos casos, o autor é parceiro ou ex-parceiro íntimo. Esses números não são estatística fria. São vidas interrompidas, famílias estilhaçadas, futuros arrancados.

Por que isso acontece? Porque vivemos em uma cultura que naturaliza o controle. Porque muitas vezes o Estado falha. Porque a impunidade alimenta a repetição. Estudos acadêmicos apontam que o feminicídio é um crime de poder e dominação. Onde o Estado é tolerante com a violência, o risco aumenta. Não é só sobre indivíduos. É sobre estruturas que permitiram que isso se tornasse comum.

Mas há sinais de que intervenção funciona. Políticas públicas, campanhas e denúncias mudam trajetórias. Em lugares onde a sociedade intervém — vizinhos, amigos, serviços de proteção — muitas vidas foram salvas. Denunciar, apoiar e não normalizar o assédio são atos práticos que reduzem riscos.

Se você está assistindo, você pode fazer parte da solução. Aprenda a reconhecer sinais de controle emocional. Acesse informações sobre rede de proteção. Ligue ou oriente quem precisa a ligar para o Disque 180. Intervir com segurança pode salvar uma vida.

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Hoje eu te convido: observe, não normalize, ajude. A transformação começa quando a gente deixa de achar que "isso é problema de casal". Faça a sua parte. Um gesto pode ser a diferença entre vida e morte.

Fontes

Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2024). "Feminicídios em 2023". https://fontesegura.forumseguranca.org.br/feminicidios-em-2023/

Meneghel, S. N.; Portella, A. P. (2017). "Feminicídios: conceitos, tipos e cenários" — SciELO (página do artigo / resumo). https://www.scielo.br/j/csc/a/SxDFyB4bPnxQGpJBnq93Lhn/abstract/?lang=pt

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