Quer o Nobel da Paz? Como Trump transformou diplomacia em espetáculo perigoso

Ele diz que é o mestre da negociação de paz. Repete que está fazendo o mundo mais seguro. Quer até o Nobel da Paz. Mas e se, por trás dos discursos, a realidade for outra?

Imagine a Ana. Ela cresceu ouvindo histórias de trégua e esperança. Trabalha numa ONG que ajuda famílias deslocadas. No começo do mandato, Ana recebeu mensagens de comemoração: acordos assinados. Depois vieram as noites sem dormir. Cada manchete sobre tensão. Cada troca de provocações entre líderes fazia as doações caírem. As famílias voltaram a dormir com medo. Ana não é política. É mãe. Vê os filhos perguntarem se a escola é segura. Vê vizinhos fechando portas com mais pressa. Ela acreditou no discurso. Hoje, se pergunta se a retórica não está tornando tudo mais perigoso.

Diplomacia real exige construção lenta. Foto em evento e discurso triunfante não substituem processos complexos: confiança, instituições, justiça para populações afetadas. Normalizações sem inclusão podem gerar reações populares e instabilidade. Rhetoric matters. Palavras de líderes têm efeitos concretos.

Em 15 de setembro de 2020, os Acordos de Abraão foram assinados, formalizando a normalização entre Israel e Emirados Árabes Unidos e Bahrein — um marco diplomático promovido pela administração Trump. Ao mesmo tempo, especialistas alertaram que acordos apressados, sem base popular e sem avanços para os palestinos, poderiam fragilizar transições políticas, como demonstrou análise sobre a normalização com o Sudão.

Pesquisas e análises de instituições de política mostram que a retórica incendiária de líderes pode aumentar a probabilidade de violência política e ataques a grupos específicos. Estudos citados por especialistas apontam correlações entre discursos hostis e picos de crimes de ódio e radicalização. Relatórios acadêmicos também documentam um aumento da violência política e de ameaças, um fenômeno que se intensificou globalmente após 2016–2020 e que altera a estabilidade democrática.

Isso não é sobre um só líder. É sobre responsabilidade. Quando uma narrativa de “eu resolvo tudo” vira espetáculo, o custo pode ser vidas, medo e retrocesso na paz.

Se você quer entender melhor como política, retórica e segurança se conectam, inscreva-se no canal. Aqui a gente explica com clareza. Curta e compartilhe para que mais pessoas pensem junto.

Ana não quer saber de medalha. Quer saber se seus filhos vão crescer sem medo. E você? Que tipo de liderança você quer ver no mundo? Comente abaixo: qual atitude concreta você acha que líderes deveriam ter para priorizar paz real, e não só aparências? Se concorda, compartilhe este vídeo com alguém que precisa ouvir isso hoje.

Fontes

U.S. Department of State (2020). "The Abraham Accords". https://2017-2021.state.gov/the-abraham-accords/

Brookings Institution (2020). "Normalizing Sudan–Israel relations now is a dangerous game". https://www.brookings.edu/blog/order-from-chaos/2020/09/24/normalizing-sudan-israel-relations-now-is-a-dangerous-game/

Brookings Institution (2021). "How hateful rhetoric connects to real-world violence". https://www.brookings.edu/articles/how-hateful-rhetoric-connects-to-real-world-violence/

Journal of Democracy (2021). "The Rise of Political Violence in the United States". https://www.journalofdemocracy.org/articles/the-rise-of-political-violence-in-the-united-states/

Previous
Previous

Feminicídio em alta no Brasil: 73% dos casos por parceiros — por que ninguém age?

Next
Next

Dono da Ultrafarma preso em SP — o escândalo que confirma o custo bilionário da corrupção no Brasil