Sair na sexta muda sua memória do fim de semana?
Já reparou que quando você sai na sexta à noite, o fim de semana parece durar muito mais? Não é coincidência - é ciência!
Um estudo fascinante da Universidade de Nevada revelou que nosso cérebro não conta o tempo como um relógio. Na verdade, ele mede o tempo através das experiências que vivemos.
Imagine só: você está em casa numa sexta-feira comum, scrollando o feed sem parar. O tempo se arrasta, parece que o fim de semana nunca vai chegar. Agora, compare com aquela sexta em que você saiu com os amigos: um jantar animado, música boa, risadas, histórias... De repente, são 2 da manhã e parece que a noite mal começou!
Segundo pesquisadores da Nature, em 2024, isso acontece porque nosso cérebro tem uma região chamada córtex cingulado anterior, que funciona como um contador de experiências. Quanto mais momentos diferentes vivemos, mais "marcos" criamos na nossa memória.
E tem mais: um estudo publicado na Current Biology descobriu que não é só a quantidade de tempo que importa, mas sim o que fazemos com ele. Quando estamos envolvidos em atividades prazerosas e variadas, nosso cérebro processa cada momento como único, fazendo com que o tempo pareça se expandir.
É por isso que aquela sexta-feira agitada faz seu fim de semana parecer mais longo - você criou mais memórias logo no início, estabelecendo vários "marcos temporais" diferentes para seu cérebro processar.
Quer uma dica baseada na ciência? Comece seu fim de semana com atividades diferentes e significativas. Seu cérebro vai agradecer, e você vai ter a sensação de ter aproveitado muito mais cada momento.
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Me conta nos comentários: você também tem essa sensação de que o fim de semana fica mais longo quando sai na sexta? Qual foi sua melhor sexta-feira até hoje?
Fontes:
University of Nevada, Las Vegas (2024). "Good timing: Study unravels how our brains track time". [https://www.sciencedaily.com/releases/2024/07/240718205236.htm]
Nature Scientific Reports (2024). "Malleability and fluidity of time perception". [https://www.nature.com/articles/s41598-024-62189-7]