Brasil precisa zerar o sistema político. A Estônia é um exemplo.
Você já sentiu que o Brasil está preso num ciclo sem fim de privilégios para poucos, enquanto a maioria luta por justiça e oportunidades? Não é só impressão. Nossa história mostra que, desde a Primeira República, o poder sempre esteve concentrado nas mãos de oligarquias, famílias e grupos que se revezam no comando do país. Um estudo publicado na revista Tempo, da SciELO, revela como essas oligarquias dominaram a política brasileira, criando um sistema fechado, resistente à renovação e à participação popular.
Mas será que dá pra mudar? A resposta é sim. A ciência política mostra que reformas profundas, com leis claras, transparência e participação social, são capazes de transformar até os sistemas mais viciados. Segundo pesquisa da Revista de Administração Mackenzie, também na SciELO, países que investiram em reformas institucionais e transparência conseguiram reduzir significativamente a corrupção e fortalecer a democracia. O estudo destaca que a criação de mecanismos de controle social e a renovação das lideranças são essenciais para romper com o ciclo de privilégios.
E tem exemplo real: a Estônia, depois de recomeçar seu sistema político e investir pesado em governança digital, virou referência mundial em transparência. Segundo a OCDE, o país implementou sistemas digitais que dificultam fraudes, aumentam o controle social e praticamente eliminaram a corrupção sistêmica. Isso só foi possível porque a sociedade exigiu mudanças radicais e participou ativamente da reconstrução do Estado.
O Brasil precisa de um novo começo. Um sistema político construído do zero, com pessoas íntegras, leis bem feitas e sem brechas para privilégios. Chegou a hora de exigir mudanças reais, de tirar quem não representa o povo e abrir espaço para quem quer construir um país justo para todos.
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Fontes:
SciELO (2017). "Estado e oligarquias na Primeira República: um balanço das principais tendências historiográficas". https://www.scielo.br/j/tem/a/69Hd5MCMsmkvTvrpSG9vfhF/
SciELO (2003). "Reforma do Estado e Controle da Corrupção no Brasil". https://www.scielo.br/j/ram/a/9nJHNphDsQSk3SwXvgRzCNr/
OCDE (2023). "Recomendação do Conselho da OCDE sobre Integridade Pública". https://www.oecd.org/gov/ethics/integrity-recommendation-brazilian-portuguese.pdf