O Brasil está em guerra e ninguém percebe?
Você viu as notícias: a guerra entre Irã e Israel acabou. E aí, talvez você pense: que sorte viver no Brasil, um país sem guerras, sem bombas caindo do céu. Mas será mesmo? Porque, na verdade, a gente acorda todos os dias em meio a uma guerra silenciosa, que não aparece nos jornais internacionais, mas está nas ruas, nos becos, nas comunidades. Uma guerra que não tem tanques, mas tem medo, tem perda, tem dor.
O Brasil é dominado por facções como o PCC e o Comando Vermelho, que travam batalhas diárias pelo controle do tráfico, do território, da vida de milhares de pessoas. E você já se perguntou: quando tudo isso começou?
Lá nos anos 1970, o Comando Vermelho nasceu dentro do presídio da Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Era uma aliança entre presos comuns e presos políticos, que buscavam sobreviver juntos. Mas, com o tempo, virou uma das maiores organizações criminosas do país. Já o PCC surgiu em 1993, em São Paulo, também dentro de um presídio, como resposta à violência do sistema carcerário. Em pouco tempo, se espalhou por todo o Brasil, criando uma rede de poder que desafia o Estado até hoje.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Brasil registrou mais de 65 mil homicídios em 2017, a maioria ligada ao tráfico e à disputa entre facções. Isso é mais do que muitos países em guerra declarada. E não é só número: são vidas, são famílias destruídas, são sonhos interrompidos.
A ciência mostra que jovens brasileiros sofrem violência física, psicológica e sexual em maior proporção que todas as outras faixas etárias. O dossiê da Fiocruz revela que, entre 2016 e 2022, a juventude foi a principal vítima de violência e sofrimento mental, com ansiedade e estresse sendo as principais causas de afastamento do trabalho entre jovens.
Mas, mesmo em meio a essa guerra invisível, existe resistência. Existe solidariedade, existe gente que luta por mudança, que acredita em um futuro melhor. E é por isso que precisamos falar sobre isso, entender de onde vem, para poder transformar.
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No fim das contas, a verdadeira guerra que a gente precisa vencer é a do silêncio, da indiferença. Vamos juntos construir um Brasil onde a paz não seja só ausência de guerra, mas presença de justiça, de oportunidade, de esperança.
Fontes:
IPEA (2019). "Atlas da Violência 2019". https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/19/atlas-da-violencia-2019
EPSJV/Fiocruz (2023). "Pesquisa aponta vulnerabilidade na saúde de jovens". https://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/acontece-na-epsjv/pesquisa-aponta-vulnerabilidade-na-saude-de-jovens